Sistema Integral da Nova Evangelização – SINE
O SINE teve início no México com o Pe. Alfonso Navarro Castellano, por volta de 1976.
Chegou ao Brasil no ano de 1998, estabelecendo Sede, como escritório nacional, aqui em São José dos Campos.
O desafio é colocar em etapas lógicas e sucessivas a oferta integral de vida cristã: kerigma, catequese permanente a partir das próprias paróquias.
O SINE abre e realiza o caminho para o surgimento de uma paróquia que seja, realmente, comunidade de comunidades em comunhão entre si e em permanente estado de missão.
O Ano do Laicato, recém-concluído, teve como um dos objetivos colocar os agentes pastorais em atitude constante de “saída”, para “não se cair vítima de uma espécie de introversão eclesial’’ (Ecclesia in Oceania, n. 19).
Ainda não se superou o medo ou a falta de ousadia evangelizadora no que diz respeito à “autopreservação”.
Medo do “novo”, de mudar estruturas pastorais / evangelizadoras, da conversão pastoral, do “hoje de Deus” (EG, 27).
A conversão missionária caminha lentamente… Nem sempre procuramos estar onde fazem mais falta a luz e a vida do Ressuscitado (cf. EG, 30). Até onde chega nossa preocupação por anunciar Cristo nos lugares mais necessitados?
A paróquia continuará a ser “a própria Igreja que vive no meio das casas de seus filhos e de suas filhas (Christifideles laici, 26; cf. EG, 30).
Tornar a paróquia mais próxima das famílias, das pessoas… A paróquia começa na igreja doméstica…
Grande preocupação do SINE foi e será: viabilizar, semear e cultivar as Sementes do Verbo, levar a luz do Evangelho onde ainda não chegou… Daí a necessidade de se insistir sobre a integralidade e articulação da Missão e da Pastoral; do seguimento e discipulado; catequese permanente; iniciação à vida cristã e acompanhamento; ação social promocional.
Engajamento e comprometimento com a ação evangelizadora.
Os membros da comunidade eclesial são todos diferentes. O importante é servir, colocar-se a serviço da construção de uma comunidade harmoniosa. As pedras da construção da comunidade eclesial são de todos os tamanhos e feitios. Sejam pedras vivas. Aceitem servir, sem exigir lugar especial para serem colocadas…
A comunidade paroquial pertence a Cristo. Ele é o Seu alicerce, a Pedra Angular. As colunas são o Seu amor por nós. Verdadeira comunidade eclesial é feita de união, fraternidade, partilha, comunhão de espírito.
Com o Espírito de Unidade ao nosso lado, fica mais fácil ser testemunha qualificada de comunhão e participação.
Ser verdadeiro discípulo missionário exige o vínculo efetivo e afetivo com a comunidade de fé à qual se pertence (cf. EN, 16).
A unidade e a participação de todos, em meio à diversidade de dons, serviços, carismas e ministérios, testemunha o amor trinitário do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo (ibidem).
O discípulo missionário de Jesus vive sua fé em comunidade (cf. 1 Pd 2, 9-10), em “íntima união ou comunhão das pessoas entre si e delas com Deus Trindade” (DGAE, 55).
Sem vida em comunidade, não há como efetivamente viver a proposta cristã. Comunhão e participação “implica” convívio, vínculos profundos, afetividade, interesses comuns e solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores (ibidem). Uma comunidade cristã viva e dinâmica deve ser capaz de oferecer a seus membros uma real experiência “de discípulos missionários de Jesus Cristo, em comunhão” (cf. ibidem, 56). Grande é o desafio da educação para a “vivência da unidade na diversidade”. Quanto maior for a comunhão, tanto mais autêntico e eficaz será o testemunho da Comunidade.
Nossa Senhora, “Estrela e Mãe da Nova Evangelização”, nos acompanhe e nos abençoe pelas estradas da missão.
Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Emérito de Santo André
são José dos Campos, 15 de dezembro de 2019